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Nov 06

 

A Biblioteca Escolar é um dos nossos recursos comuns. 

Queremos que cumpra a sua missão e que  seja, cada vez mais, um recurso ao serviço da aprendizagem, da promoção da leitura, da literacia e da ocupação criativa do tempo de lazer.

Este Blog é um espaço para TER VOZ ACTIVA. Destina-se a trocar comentários e experiências do que lemos ou a  encontrar sugestões para novas leituras. Dele, esperamos que contribua para que a BE atinja os seus objeticvos no domínio da promoção da leitura, do cinema e das diferentes literacias . Dos nossos visitantes, esperamos ressonâncias e  retornos ...

publicado por BE de Arga e Lima às 19:02

Obra: A vida na porta do frigorífico
Autora: Alice Kuipers
Editora: Editorial Presença

Penso que devo iniciar por referir que esta obra tocou-me de uma forma incomensurável. Hoje em dia é mais que batido a falta de comunicação entre as pessoas, o stress do dia-a-dia, o efeito da falta de tempo para nós próprios e para o semelhante a nós… Mas nunca chegamos a reflectir nas verdadeiras consequências que isso pode ter para as afinidades entre humanos, mais que entre humanos, entre amigos e entre a família. Felizmente, este livro vai à raiz da questão, toca na ferida.
A obra contém os pequenos post-its, escritos nos únicos momentos que não eram consumidos pela vida impetuosa e deixados na porta do frigorífico, através dos quais Claire e a sua mãe Elisabeth dialogavam (se assim se puder designar). Claire é uma jovem de quinze anos que acaba de começar a sua aventura nas peripécias do amor e passa a maior parte do seu tempo na escola ou a fazer babysitting ou com a sua amiga Emma. Elisabeth é uma obstetra, divorciada, de quarenta e quatro anos, completamente dedicada à sua profissão e sente-se culpada pelo pouco tempo que dedica à sua filha e pela maneira como a sobrecarga. A sua relação irá ser lesada e, ao mesmo tempo, reforçada pelas mágoas que a vida lhes espera.
As páginas desta obra são literalmente, inteiramente, expressamente, rigorosamente e incrivelmente devoradas em menos de uma hora. No entanto, apesar do que se possa pensar, não é por cada página conter apenas os recados trocados entre a mãe e a filha, mas sim pela forma como nós deixa a nós, os leitores, absorvidos pelo livro e enamorados pela triste história.
O fim de história, embora óbvio, é simplesmente platónico para o que penso que foi o objectivo da autora, fazer-nos cair em nós e reflectir sobre as nossas acções ao longo da nossa vida incrivelmente curta.
Resumindo, é apaixonante.
Érica Gomes 10ºB a 2 de Junho de 2011 às 20:21

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